D. Sancho o Povoador
Filho do nosso fundador
o quinto de sete irmãos,
Era Martinho de nascença
Quis o destino ou a crença
Ficar com a coroa nas mãos.
Com três anos de idade
Houve tal fatalidade
Com Henrique o herdeiro
Que morreu ainda criança
No Martinho ficou a esperança
De seguir o seu carreiro.
“Precisa de nome de rei
Pra ver se isto corre bem”
Diz Afonso tirado a gancho,
Sorteou e andou à roda
E pelos nomes da moda
Lá calhou o nome “Sancho”
Cresceu na adversidade
Governou à sociedade
Com o pai e com a Irmã ,
Tudo malta da nobreza
Este Sancho é uma beleza
E deu foral à Covilhã.
E deu forais a Gouveia
E mais uma mão cheia
De terras do reino seu,
São Vicente e Belmonte
E ao longe no Horizonte
A Bragança e Viseu.
Casou em 74
Num ligeiro aparato
Como mandava a tradição,
Unir coroas parceiras
Arranjaram-lhe maneiras
De casar com Dulce de Aragão.
1189
Até parece que chove
Sancho não é brincadeira ,
Tal como tinha o pai em vista
Continuou a reconquista
chegou a Silves e Albufeira.
Foi fundador de uma terra
Mesmo à beirinha da serra
Que é a Guarda tão vistosa,
Tem 5 “Fs” na carta
porque é Forte e é Farta,
Fria, Fiel e Formosa.
Foi ainda um poeta
De pena em vez de caneta
Mostrou bem o seu valor,
Onze filhos na rainha
E mais dois numa vizinha
Por isso isso foi Sancho “o Povoador “.